segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Formatura [Parte 3 - Isabella]


Realmente não há palavras para descrever o que eu sentia naquele momento. Jamais imaginei que eu pudesse me sentir assim, aliás, jamais imaginei que alguém pudesse se sentir assim. Me sentia flutuando, enquanto Victor me conduzia pelo salão, nossa música estava tocando (ok, eu havia escolhido aquela música como nossa, e provavelmente ele nem fazia ideia disto, mas isso não muda o fato de que ele me convidou para dançar, exatamente, esta música). Eu sentia cada vez mais meu coração bater e doer aqui dentro. Lembrei-me das palavras do poema: “Se se morre de amor!”, e juro que se não continuasse com: “Não, não se morre”, eu pensaria que tinha morrido. Pois como eu poderia amar tanto assim, o meu melhor amigo, e além disto, namorado da minha melhor amiga. Mas tudo ali era tão perfeito, tão real, que eu não podia estar sonhando, podia?
Ops, se eu estava sonhando, agora o sonho estava virando um pesadelo. Algo me afastou de ti, perdi o seu calor, seu toque, seu cheiro amadeirado que me deixava louca. Ah não, acordei! Ou pelo menos sai da minha bolha e vi o que realmente estava acontecendo. Quando percebi que não estava sonhando acordada, e sim no meio de uma quase briga de um casal, corri na direção oposta, sem olhar pra trás.
Ainda bem que estava com meu carro. Destravei as portas, joguei meus sapatos no lado do passageiro, puxei alguns grampos que estavam tentando segurar meus cachos, coloquei o cinto e parti. Em minha cabeça tudo ainda estava confuso e eu precisava entender tudo que acabara de acontecer. O que eu estava fazendo? Não podia fazer aquilo com a Rafaela, e nem com o Victor. Certamente ele só havia dançado comigo porque há muito tempo atrás ele havia me prometido que dançaríamos em nosso baile de formatura. Além do mais, ele só me vê como uma amiga, melhor amiga, talvez, mas nada mais. Mas e agora, como acalmar todo este sentimento dentro de mim? Só havia uma coisa a fazer, mas será que eu estava pronta pra isso?
Pauta:
Projeto Creativité – 2° Edição C&F

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ponto de vista


Eu era feliz e não sabia. Quantas vezes você já ouviu estas palaras, ou até mesmo, já disse isso? Acredito que muitas. Eu às vezes penso sobre isso, lembro de quando eu não precisava me preocupar com o horário para levantar, ou quando meu trabalho, árduo, se resumia a poucos deveres escolares [bom, se fosse matemática era árduo mesmo... rs!]. Ah.. eu era muito feliz, e não sabia...

Mas agora eu sei, sei que sou feliz em cada pequeno momento que desfruto com minha família, com meus amigos, ou, simplesmente, comigo mesma, uma boa música e um bom livro de companhia.

Sabe, temos que entender que a felicidade não é algo surreal, mas sim, feita de momentos felizes. Pois enquanto não percebermos que podemos ser felizes a todo momento que quisermos, ficaremos lembrando, do que hoje é nosso presente, com uma sensação nostálgica de: “naquele tempo eu era feliz, muito feliz, e nem sabia”. Viva feliz o hoje!

Pauta: In Verbis - 20ª Edição

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Formatura [Parte 2 - Victor]



Já era tarde quando decidi ir. Sabia que encontraria você lá, mas não deixaria de ir ao baile da nossa formatura por causa da forma estranha que eu estava me sentindo. Eu fiz a minha escolha, além do mais a Rafaela já devia estar me esperando, desesperada, a beira de uma crise de nervos.

Passei na casa da Rafa, pra buscá-la, como havíamos combinado. Definitivamente, ela estava linda. Mas por algum motivo, que não sei explicar bem, comecei a imaginar como você ficaria deslumbrante, naquele vestido. Para! Como posso ficar pensando em você a todo momento, a Rafaela era minha namorada, e vocês duas são amigas. Você é minha melhor amiga, desde sempre. Não sei como posso pensar em você desta forma. Bella, Bellinha, o que esta acontecendo comigo? Dirigi sem prestar muita atenção no caminho, na música que a Rafa colocou pra tocar, e muito menos em todas aquelas palavras que saiam da boca dela. Uma única coisa ocupava minha mente: Você, Isabella.
Quando chegamos, nem o barulho alto da música, afastou meus pensamentos de ti. Olhei em todos os lugares e não reconheci seu rosto em nenhum dos corpos frenéticos por ali. Será que você não viria? Será que tinha acontecido alguma coisa? Tentei, parar de pensar em você, e me concentrar nas conversas ao meu redor. Não consegui. Foi então que algo aconteceu.
Olhei para a escadaria de entrada e tive a visão mais linda, pura e irradiante de toda a minha vida. Você parecia um anjo de tão linda, deslumbrante, maravilhosa. Pensei que meu coração ia parar naquele momento, pois quase não conseguia respirar, mas a pulsação que vinha de meu peito só aumentava, mais e mais.
Você começou a descer pelos degraus daquela escada, e eu não consegui ver, ouvir, ou perceber mais ninguém. De repente, era como se só houvéssemos nós dois ali. Comecei a andar em sua direção, e quando você chegou ao último degrau daquela escada toda decorada com flores brancas e amarelas, foi exatamente no mesmo momento que eu cheguei aos pés dela, e como pura magia, sua música preferida começou a tocar e eu supliquei a você, com meu olhar, que me concedesse aquela dança. Você sorriu, e se entregou em meus braços.
Dançamos, Your Guardian Angelcomo muitas vezes fizemos em seu quarto, mas desta vez era diferente. Senti o calor do seu corpo colado ao meu, o seu perfume me embriagava, e uma serenidade, imensa, me confortava. Como se tudo fizesse sentido, como se você sempre pertencesse a mim, como um quebra-cabeça completo. Você era a parte que estava faltando em minha vida. Como pude não ter percebido antes? Como pude ficar sem você em meus braços? Ah, eu te amava, sim, Isabella, eu, simplesmente, te amava. Com você em meus braços tudo parecia perfeito.

Mas, como em um sonho bom, subitamente, fui tirado deste meu “mundo fantástico”, e trazido de volta a cruel realidade. Ouvi uma voz estridente chamando por meu nome, e senti uma mão puxando-me para longe de ti, só podia ser: a Rafaela, claro, minha namorada! Os pensamentos em minha mente ficaram confusos, eu precisava resolver aquilo, mas como? De uma alegria profunda e inebriante, meu peito se encheu de insatisfação. Como entender o que acabara de acontecer? Teria eu imaginado tudo aquilo? Será que a Isabella sentiu o mesmo que eu senti, o que será que a Rafaela estava pensado sobre o acabara de ver? Isso tudo precisava ser resolvido, e rápido, antes de deixar o amor e a felicidade escaparem pelo vão de meus dedos.


Pautas:

Projeto Créativité – 1ª Edição De-sa-fi-o.

Projeto Créativité – 1ª Edição Musical

domingo, 5 de dezembro de 2010

Formatura [Parte 1 - Isabella]



Sempre que penso em você sinto um aperto dentro de meu peito. É bem provável que você não pense em mim tanto quanto eu penso em você. Pra ser sincera, tento evitar pensamentos que me fazem lembrar de você, mas é, praticamente, impossível. Você perturba todos os meus pensamentos. Já
é quase de manhã e ainda não dormi. Fico lembrando de todas as coisas que passamos juntos, e imaginando aquelas que poderíamos ter vivido. Por que tudo tem que ser assim tão difícil? Pensar em você, ficar sem você, desejar ter você, amar você?

Queria poder voltar atrás e te dizer o quanto te amo, o quanto preciso de você, mas não posso. As oportunidades que perdemos nunca mais voltam. E esta foi uma delas. Mas me dói tanto lembrar dos momentos que passamos, mesmo que somente como amigos, pois eu nunca tive coragem de dizer o quanto eu te amava.
Que ironia do destino. Exatamente quando decidi que ia lhe falar tudo, absolutamente tudo o que eu sentia por você, Rafaela me ligou, eu estava feliz por ela ter me ligado, pois eu queria mesmo falar pra ela, afinal, minha melhor amiga precisava saber que eu te amava, e me dar apoio para que minha coragem não sumisse perto de você, e coincidentemente, ela também estava ansiosa pra falar comigo.
Meu Deus! Perdi o ar, o chão, o rumo, quando ela me disse que tinha ficado com você. E agora, como eu iria falar pra ela, e pior, como eu poderia falar pra você. Isto é traição, e não se faz. Há uma certa política entre amigas verdadeiras, e com certeza dizer que estou apaixonada pelo atual caso de minha amiga, está fora de cogitação. O bom foi que depois da “super noticia” eu nem precisei falar nada, ela estava tão empolgada consigo mesma, que tinha esquecido que eu também queria falar com ela, e eu estava em choque.
O tempo foi passando, vocês começaram a namorar, e o mais difícil pra mim, foi tentar esconder minha tristeza de minha melhor amiga, mas foi mais difícil ainda ver você a todo momento com ela. E quando penso em você me sinto ainda pior, pois até a nossa amizade ficou diferente, justo nós dois, inseparáveis desde que você era só um “nerd” e [quase] ninguém gostava de você, até quando você ficou lindo e maravilhoso no ensino médio, e todo mundo resolveu te amar.
Sei que hoje deveria ser um dia muito feliz, afinal eu sonho com este baile de formatura desde que tenho memórias da minha infância, mas nunca pensei que você não iria comigo. Na verdade, agora, não tenho certeza se eu vou, pois não irei suportar a dor de ver você com ela. Preciso dormir, mas sei que vou encontrar você, também, em meus sonhos.

Pautas:
Bloínquês – 46ª edição musical
Projeto Créativité – 1ª Edição C&F

domingo, 28 de novembro de 2010

Sem clima para o amor


Sábado a noite, ou domingo pela manhã, como queira, são 1:27h, e eu aqui acordada pensando em você, é claro. Tudo aconteceu tão depressa. Bem, está certo que já fazia 3 anos que eu não me envolvia com ninguém, não me apaixonava por ninguém, e não foi por falta de tentar, tentei gostar de todos os carinhas com os quais eu fiquei, quer dizer, todos não, mas de alguns que eu achava que valiam a pena, mas não me apaixonei, nem mesmo sentia que era necessário desfrutar da cia deles, só o fazia por pressão de minhas amigas, que viviam me dizendo que eu tinha que seguir em frente e coisa e tal. Mas eu havia seguido, só não precisava de nenhum deles me acompanhando.

Bem, quando conheci você, também não foi “amor à primeira vista”, muito pelo contrário, quando vi sua face pela primeira vez, até lhe cumprimentei, por educação, mas você tinha uma expressão fria, e quase assustadora, sempre de testa franzida e cenho fechado. Não achei nem que pudéssemos, ou que viéssemos, ser amigos. Geralmente não me enturmo com os mal-humorados, gosto de pessoas alegres, e que mostrem esta alegria, mas de qualquer forma senti algo, como um choque, ou uma faísca, que me prendeu a você. Mas é claro, ignorei isto. Enfim, em algum ponto de toda esta história, eu me envolvi, demais, me apaixonei, completamente, e sofri, intensamente, após a sua partida. Mas isso já era de se esperar, levando em conta toda a minha vida amorosa. Acho que não nasci pra ser feliz, e sim para sofrer, por isso, percebi que o melhor a fazer é, simplesmente, não amar.

Sabe, outro dia eu estava conversando com uma amiga minha e ela estava me perguntando por que eu tinha estas duas compulsões: ler e escrever. Ela queria saber por que, de quando em quando, eu leio livros com uma rapidez tremenda, tipo um por dia, sete por semana, e assim por diante, e quando não estou lendo, no meu tempo vago, estou escrevendo alguma coisa, mas não de forma normal, e sim, totalmente compulsiva e descontrolada (fico sem comer, beber água, entrar na net, alheia a tudo e a todos), e eu, meio sem saber o que responder, enrolei com uma desculpa qualquer, pois sou muito boa nisto, e ela se convenceu. No entanto, esta semana, mais precisamente na quarta-feira passada, eu comecei (e terminei) um livro que já fazia alguns meses que eu tinha comprado. Seu título: “Sem clima para o amor” de Rachel Gibson, bom, o título era bem convidativo, dado a minha atual situação, e o enredo, muito interessante. No entanto, quando eu estava lendo descobri o porquê destas minhas compulsões.

O livro conta a história de Clare, uma garota que encontra seu noivo com outra, ou melhor, outro, e entra em choque. Logo mais ela reencontra um amigo de infância, totalmente lindo e sedutor, e tenta com todas as suas forças lutar contra um sentimento que começava a aparecer. Ela é uma escritora de romances e, logo após, terminar uma parte de um novo livro que estava escrevendo que falava sobre amor, ela faz uma autorreflexão sobre si. E no livro tem algo mais ou menos assim: “Como posso escrever tantas coisas sobre a beleza do amor se minha vida amorosa é um lixo, passo horas escrevendo para não encarar minha própria realidade.” [não é isso que está escrito lá, estou sem o livro para transcrever exatamente, mas em suma quer dizer algo semelhante], quando eu li esta parte, parecia eu mesma havia escrito aquilo, pois é exatamente assim que me sinto, quando leio ou escrevo sobre algo. Quero fugir da minha realidade, uma onde você não está aqui comigo, uma realidade solitária, onde ainda é madrugada e eu estou aqui ouvindo uma seleção de músicas da Leona Lewis [deprimente], às 2:07 da manhã, tentando parar de pensar em você, de querer você, com medo de ir dormir, e ao fechar meus olhos você invada meus sonhos me perturbando ainda mais. Mas sei que esta é minha realidade, por isso acho que vou ler outro livro amanhã, para pensar menos em você e tentar superar isto tudo logo. Ah.. se alguém que estiver lendo isto, tiver indicações de bons livros, é só me avisar, porque, vou realmente precisar.



Pauta: In Verbis 19ª Edição

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Alguém que te faz sorrir..



"Não consigo mais imaginar meus sonhos sem você.
Não sei mais pensar em outro alguém, que não você.
Não sei mais como viver sem ter você ao meu lado...
Preciso que você seja este alguém na minha vida.......
Alguém que me faz sorrir......"

Carpe Diem


Enquanto assistia o pôr-do-sol na praia, lembrei de todas as coisas que prometíamos um ao outro. Lembrei-me de todas as mentiras que você me contava, e de como eu era tola, acreditando cegamente em você. Você me enganou por vários anos, mas agora, meus olhos estavam abertos as verdades que estavam diante de mim. É certo que eu precisava mudar, para poder seguir em frente, mas a pergunta mais importante era: “Como???”.

Andei lentamente até a beira-mar e deixei meus pés molharem naquela água gelada e espumante, queria que ela levasse embora todo o meu sofrimento e lamento. E percebi, que após algum tempo, já me sentia renovada. Dei um mergulho no mar e deixei as minhas inquietações por lá.

Quando voltei pra casa, recebi uma mensagem em meu celular, que continha apenas duas palavras: “Carpe Diem!”. Era de um número estranho, retornei a ligação e ninguém atendeu. Devia ser engano, mas será que era só uma mera coincidência do acaso, ou era uma dica do universo me dizendo como ir em frente. Não acredito no acaso, logo decidi que era isso que eu iria fazer daqui pra frente. Carpe Diem! Eu iria aproveitar a vida ao máximo, sem me preocupar com o futuro e deixar o passado pra trás.

Liguei pra minhas amigas, coloquei minha melhor roupa, fiz a melhor maquiagem que pude e sai pra dançar e aproveitar a noite. Fui em busca de novas experiências, que me fizessem esquecer você, queria conhecer pessoas que não conheciam você, queria viver a minha vida longe de você e nada vai me fazer mudar de ideia, estou certa disso.

Entrei no carro e por mais uma coincidência, estava tocando uma música que falava assim:


“Fuga de amor desilución

Carpe diem hoy soy resurrección

La noche es anestecia oh oh

Envuélveme de amnesia oh oh

Mi mente da mil vueltas oh oh

Me tengo que olvidar de ti hoy

La noche es mi anestecia”


Mais uma vez lembrei que não acredito em coincidências, e deixei que uma nova mulher, aquela que havia despertado em mim, curtisse a noite, e pensasse apenas nela.



Pauta:

In Verbis – 18ª Edição

Edição Conto/História - Bloínquês



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Metamorfose

Pauta:
Edição Fotográfica - Bloínquês

Traição


Dor, que dói, remói

Dentro do peito e destrói

Todo o sentimento nele que há.


Como pode me enganar deste jeito

Dizendo que me amava

E no entanto só me enganava?


O que foi que eu te fiz ou o que não fiz

Pra você, simplesmente, com outra, me trair?

E desse jeito tão vil, tão cruel, me magoar?


Pensou que eu não descobriria esta sua traição?

Pensou que eu aceitaria você nesta condição?

Pensou que simplesmente bastava, a mim pedir perdão?

Não, não adianta, já quebrou meu coração...


E agora, o que eu queria, era parar de chorar

Queria xingar, gritar, queria poder te odiar

Mas, no fundo o que eu queria mesmo,

Era deixar de te amar...



Pauta:

13ª Edição Poemas - Bloínquês

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu & Você...












A saudade me invade toda vez que me lembro de como costumávamos ser quando ainda estávamos juntos. Você sempre ria das minhas piadas, fazia manha quando queria atenção, chorava sem motivos, mas eu nunca pude, realmente, perceber o quanto você era importante para mim. Quando você me disse que iria embora, eu pensei que seria fácil superar, e viver aqui sem ter a sua presença. Afinal, os meus outros amigos estariam aqui comigo. E no começo, confesso, que quase nem senti a sua falta. Saía com a galera nos finais de semana, tentando suprir aquele sentimento estranho que tentava tomar conta de mim. Demorou para eu realmente perceber o por quê de eu me sentir daquela forma.

Quase não entendia porque eu ficava tão feliz e empolgado quando via você on-line no msn, e muito menos porque eu ficava frustado se você não me chamava para conversar. Depois de um tempo, comecei a ficar imaginando o que você andava fazendo, se já tinha feito amigos novos, e se pensava em mim, como eu pensava em você, pois em algum momento, que não sei precisar bem, você tomou conta dos meus pensamentos.

Sempre que podia, perguntava sobre você para suas amigas, e ficava feliz com as boas notícias, e mais ainda quando elas diziam que você perguntava de mim também. Imagine só, como me senti quando descobri que você viria passar as férias aqui, na casa de sua avó. Quase nem acreditei, fiquei esperando, ansioso para que aquele dia chegasse logo.

Ah, se eu soubesse o que estava por vir... Quando você chegou, fui até a casa de sua avó para vê-la, e quem era aquele que estava com você. Como??? Você tinha um namorado e ninguém me avisou. Tudo o que eu havia imaginado naqueles dias que precediam a sua chegada havia desmoronado em minha frente. É claro, por isso que você estava tão entusiasmada para me encontrar, seria essa a novidade que queria me contar. Cheguei em casa arrasado e me tranquei no quarto, pedi para, que se caso alguém procura-se por mim, era para dizer que eu não estava. Não conseguia pensar em outra coisa, senão em você, e em como perdi a oportunidade de dizer como me sentia, dizer o quanto eu te amava. Evitei te encontrar ao máximo. E aquelas foram as duas semanas mais longas e mais difíceis da minha vida. Todos andam falando por aí que eu mudei, mas ninguém imagina o porquê. Meus amigos até tentam me fazer falar sobre o que anda acontecendo comigo, mas às vezes não tocar no assunto é a melhor coisa a se fazer, e assim sigo vivendo minha vida, buscando encontrar você no rosto de cada garota com que eu fico, esperando chegar em casa e ter notícias suas, esperando você voltar pra mim...


Pautas:

In verbis - 17ª Edição

Bloínquês - 40ª Edição Conto/História


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Selo






Criei este selo para homenagear alguns blogs MARAVILHOSOS que sigo. E que a cada nova atualização uma surpresa boa.

No entanto como todo selo, existem algumas regrinhas:

1. Falar um pouquinho sobre a pessoa ou o blog que te indicou.
2. Indicar este selinho para 5 blogs que você ache maravilhoso.
3. Dizer pelo menos uma característica maravilhosa de cada blog ou blogueiro indicado.

Então, vamos começar:

Eu não vou falar sobre mim, pois não me indiquei, e sim criei este selinho.

Eu indico para:

1º - Ítalo - Manuscrito. - Bom ele é maravilhoso pq é um garoto muito querido, totalmente cristão, e que desde quando eu comecei por aqui sempre me deu o maior apoio e carinho. Sem contar que ele escreve muitoooooo.. amo tudo que ele posta em seu blog também, MARAVILHOSO.

2º - Mariana - Mariana Dal Negro - Além de eu conhecer esta garota super especial pessoalmente, posso dizer sem clichê, que seu blog é maravilhoso. Com textos super interessantes, por isso sempre estou por lá.

3º - Rodolpho - A arte de um sorriso - Bom este blog na minha humilde opinião só pode ser classificado de maravilhoso pra cima. Amo todos os textos, sempre, muito bem escritos. Embora nem sempre deixe meus coment's, sempre to por ali.

4º - Biazynhah - Lápis, papel e história - Outro blog que sigo e amooo... Esta menina, tão novinha, mas com uma mente tão brilhante para a escrita, tinha que estar aqui entre meus indicados. Blog simplesmente MaRaViLhOsO.....

5º - Ana Camila - Beijos, Blues e Poesia - Leio tudo e amo, cada texto, cada frase, cada reflexão.. Sempre postado de forma maravilhosa. Também merece meu Selinho Amazing!!!

A Lista

Estive tentando fazer uma lista sobre todas as coisas que odeio em você, pois você, melhor do que ninguém, sabe como me irritar. Mas quando tentei montar esta tal lista, ao mesmo que escrevia as coisas que odeio em você, percebi que são exatamente as mesmas coisas que adoro em você. Então dá só uma olhada nesta lista:

Odeio Adoro quando você conta suas piadas sem graça.

Odeio Adoro quando você fica me fazendo cócegas.

Odeio Adoro quando você fica com ciumes de minhas amigas.

Odeio Adoro quando você vem me visitar quando estou doente, parecendo um zumbi, e você ainda diz que sou linda.

Odeio Adoro quando você mente só pra me agradar, e diz que estou linda, que não estou gorda e que meu cabelo está ótimo.

Odeio Adoro quando você [finge] que esquece nosso aniversário de namoro.

Odeio Adoro quando você entra no meu orkut mas não deixa recado, só sei que estava lá por causa do radar.

Odeio Adoro quando você briga por mim.

Odeio Adoro quando você censura a minha roupa, maquiagem.

E eu, simplesmente adoro quando você me abraça forte, e me faz esquecer todos os problemas ao nosso redor, e me faz ver que o que realmente importa nesta vida é o amor, e como vivemos ele.

“Eu acho que eu gosto mesmo de você, bem do jeito que você é...” [Pity - Equalize]

Pauta: Bloínquês

Edição Opinativa

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mudanças


Depois de todos esses anos que nos conhecemos, não acredito que você não conseguiu entender as atitudes que tomei. Sempre pensei que você torcia pelo meu sucesso, e pela minha felicidade. Você sempre me apoiou em tudo, até nas maluquices mais malucas... e agora, rompeu uma amizade de 10 anos por causa de uma viagem. Tudo bem que vou morar em Michigan, com meus pais, mas isso não é motivo para brigar comigo.

É claro que vou sentir saudades, afinal de contas, você pode nem imaginar, mas eu sou completamente apaixonada por você, desde quando estudávamos no ensino médio. Por isso me tornei sua amiga, ou você realmente achou que eu precisava de ajuda com todas aquelas matérias. Mas com o tempo nossa amizade foi ficando tão forte, que por isso, não tive coragem de estragá-la e correr o risco de perder você, confessando o que realmente sentia.

Mas agora, já que por uma bobagem você me cortou da sua vida, estou lhe escrevendo esta carta, aqui no aeroporto mesmo, e quem sabe lhe envie, para que você saiba como me sinto, realmente, em relação à você.”

................

Meus pensamentos corriam soltos, enquanto escrevia aquela carta. E o tempo todo, meus olhos corriam por todo o saguão, fazendo uma varredura completa em busca dos seus, mas foi em vão, você não apareceu. Terminei a carta, dobrei, guardei dentro de minha agenda, eu sabia que ela teria o mesmo destino que todas as outras, inúmeras cartas que havia lhe escrito durante todos estes anos, uma caixa toda decorada, linda, que você me deu junto com meu presente de aniversário aos 15 anos, e que estava repleta de coisas que me lembravam você. Ouvi mais uma vez a última chamada para meu voo, rastreei uma última vez com meu olhar o saguão em sua procura. Mas continuei sem exito. Peguei minha bagagem, entreguei a passagem para a comissária, entrei no avião, procurei meu lugar, sentei. Meus olhos estavam congestionados com todas as lágrimas possíveis que saiam sem esforço, sem soluço.

Percebi alguns rostos curiosos, e sorri dizendo que estava chorando de felicidade, pois iria encontrar com meus pais que estavam no exterior já a 4 anos. E todos ao meu redor se conformaram com aquela história, que também era verdade, mas não era o motivo real daquele choro. Mesmo quando o avião decolou, ainda esperei ouvir você, ver você, mas não, você não veio se despedir, aliás já fazia dois dias que não tinha notícias suas.

Fiquei martelando em minha cabeça tudo o que você me disse, e lembrei-me de uma de suas últimas frases: “Espero que você repense sua escolha, pois mudará nossa vida por completo.” E comecei a pensar o que você quis dizer com aquilo, e porque disse para eu não te procurar mais? O choro ainda caia, agora mais controlado, até que peguei no sono.

Quando cheguei ao meu destino, desci, e fui procurar por meus pais, eles disseram que iriam me buscar lá no desembarque de meu voo. Quase nem pude acreditar, meu olhos não contiveram as lágrimas, minhas pernas travaram, meu coração disparou, parei de respirar. Aquilo que eu estava vendo era real, ou era minha imaginação tentando me deixar confusa.

Andei lentamente em sua direção, não porque não queria sair correndo, mas porque minhas pernas não me obedeciam. Você se apressou, me abraçou, me suspendeu no ar, me girou, fiquei tonta de emoção e alegria. E você me beijou, me entorpeceu com seu amor. Dentre as muitas coisas que você me disse, me atentei apenas a algumas frases:

- Eu te disse que era pra você pensar bem que nossas vidas iriam mudar. Não consigo nem me imaginar vivendo sem você Aline, eu te amo desde sempre, e achei que agora seria a hora de te revelar este amor.

- Mas você disse que não era pra eu te procurar mais...

- Claro.. assim que discuti com você, sabia que você não ia me procurar, pois eu te conheço muito bem. Assim corri até em casa, peguei minhas malas e vim pra cá. Já estava tudo combinado com seus pais, assim eu lhe faria uma surpresa... - Ele falou mais algumas coisas que não consegui compreender, beijei-o com toda a minha paixão. E foi aí que eu percebi o que era ser amada de verdade. E descobri que é muito bom. Muito melhor do que se lê nos livros. Por fim disse:

- Eu também te amo, muito, desde sempre, e pra sempre...



Pauta: Bloínques
Edição Conto/História

Fellings


Amor, dor, horror
Como saber se é amor
Toda aquela dor
Que nos causa grande horror?

Perturba nossa mente
Invade nosso sono
Nos faz ficar doente

Se instala em nossa alma.
Não sai do coração.

E a única coisa que queremos
É que a outra pessoa
Sinta também essa dor
Esse horror, esse amor...



Pauta: Bloínquês
Edição Poemas

domingo, 17 de outubro de 2010

Down

[Trilha sonora]

Ilha Grande, 17 de Outubro de 2010.

Alex,

Sei que hoje em dia não se usa mais escrever cartas, mas sinto que se não escrever, tudo o que que me atormenta, vou explodir. Não consigo mais conter as lágrimas, que rolam destemidas sobre minha face. Sei que não foi culpa sua, nem de ninguém, foi, simplesmente, inevitável.

Desde que você se foi, tenho tentado ser eu mesma, tenho tentado “levar a vida numa boa”, como se diz por aí. Mas devo confessar, que não tem sido nada fácil. A melhor hora do dia, pra mim, é aquela em que todos dormem, e eu me tranco em meu quarto e faço do meu travesseio meu consolo. É a hora em que posso chorar sem ter que dar a ninguém explicações.

Ontem mesmo, enquanto estava lembrando todas as coisas que fazíamos juntos, todas as coisas que você em dizia, inclusive aquelas que você dizia, somente para me irritar, me bateu uma imensa saudade. E, quando dei por mim, minhas lágrimas rolavam e eu não conseguia contê-las. Me perdoe, mas eu menti, quando disse que ia ficar tudo bem. Nada está bem, eu não estou bem, as coisas não vão bem. Sinto como se não conseguisse mais respirar sem você aqui comigo. Sinto como se nada mais importasse. Não consigo conviver com essa perda, mas a vida é assim não é?

Ah, como eu queria voltar atrás e desfazer o monte de bobeiras que fiz, de não desperdiçar o nosso tempo com a minha insegurança, com meu orgulho, poderíamos ter vivido mais, poderíamos ter nos amado mais, e eu teria feito da sua vida um pouco mais feliz. Mas por que só nos arrependemos das coisas depois que não conseguimos consertá-las?

Mas agradeço, mesmo assim, pelo pouco tempo em que tive você na minha vida. Pelo tempo que eu deixei você me amar. Pelo tempo em que você me fez feliz, da maneira que, tenho a certeza, ninguém, jamais conseguirá...

Lembro-me daquele dia, em que você passou mal e foi levado ao hospital, quando a Jú me ligou e me disse o que tinha acontecido, minhas pernas tremeram e quase desmaiei, e quando cheguei lá, você disse que iria ficar tudo bem. Eu queria acreditar em você, mas não conseguia, pois já fazia algum tempo que eu tinha percebido que você não era mais o mesmo, que algo estava errado, mas você não queria me dizer. Sei que fez aquilo para me proteger, mas, você deveria ter me contado sobre o câncer. Pois, quando descobri, naquele dia, quase não pude acreditar, e muito menos suportar aquela terrível dor.

Aqueles dez meses seguintes, foram vividos com muita angustia, é verdade, mas também com muito carinho, muito amor. Muito mais amor do que as pessoas podem imaginar. Talvez, muito mais do que muitas delas possa sentir em suas vidas inteiras.

Agora você se foi pra algum lugar onde não posso te trazer de volta, vim aqui, nesta praia, bem aqui, no lugar onde nos conhecemos, no lugar onde você me pediu em casamento, para lhe escrever esta carta, pois quero apenas lhe dizer obrigada por ter se casado comigo, ter se tornado meu esposo, mesmo que por, apenas,sete meses,. Saiba, que meu amor por você se torna cada dia maior, e que para a nossa surpresa, carrego em meu ventre o fruto de nosso amor. Um serzinho que sempre me lembrará de ti, que sempre me lembrará do seu amor mim, e de meu amor por ti. Sei que agora só me resta continuar com a certeza de que nos encontraremos.

Te amo pra sempre, pra toda a eternidade.

Da sempre sua, Sara.



Pauta: Bloínquês

Edição Visual

Edição Cartas

Edição Musical

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Get over...


[Trilha sonora]

Finalmente dei vozes aos sentimentos dentro de mim e falei
tudo o que sentia, tudo o que a muito estava preso, bem aqui, bem no peito. Não foi nada fácil, pois tenho um péssimo hábito de esconder, inclusive de mim mesma, o que eu sinto. Ás vezes parece que é mais fácil negar certas coisas que são praticamente impossíveis de esconder. Eu acreditava que, se eu negasse, faria com que aquilo que eu queria que fosse verdade, se tornasse verdade para mim e também para os outros. Ingenuidade a minha não?

Naquela noite fria e sombria, eu gritei, à você, tudo o que eu realmente sentia. Eu sabia que te amava, mas não podia mais conviver daquela maneira, sufocada, amargurada, triste e só. Mesmo depois de tentar superar tudo, a sua indiferença, a sua ausência, quando descobri, o que de fato você estava fazendo, não pude mais aceitar. Nosso relacionamento estava fadado ao fim, se é que eu ainda podia chamar aquilo de relacionamento.

Não adiantava você negar, aquela suposta traição, nós dois sabíamos qual era a verdade. E não adiantava mais adiar o inevitável. Você não me amava, acho que nunca me amou, mas eu nunca me importei realmente com isso, pois na minha ilusão, se eu amasse por nós dois, seria suficiente. Mas não foi. E aquela foi a última vez que nos vimos.

É difícil aceitar a perda, e conviver com a dor. Mas tive que fazer isso, não por vontade, muito menos por altruísmo, mas para poder, simplesmente, sobreviver. Quase não suportei a dor da sua ausência, por dias fiquei trancada em meu quarto, por meses fiquei fazendo minhas obrigações como um zumbi. Não tinha vida própria, e muito menos, amor próprio. Minha dignidade havia ido embora com você.

Até que em um “belo dia”, acordei e decidi viver a minha vida, e recomeçar de onde parei. Foi aí que descobri que não precisava mais de você para respirar. E senti como se eu estivesse viva outra vez. Senti que a vida ainda tinha algo especial pra mim. E eu queria descobrir isso, e viver esse novo eu.

Eu estava certa sobre isso, hoje vivo em uma, quase, plena, felicidade, e digo quase, pelo simples motivo de que nesse mundo algumas coisas não convergem da maneira como nós esperamos, porque senão poderia dizer que sou completamente feliz. Encontrei o amor, ou melhor ele me encontrou, e me mostrou como é ser amada, desejada. E tudo isso trouxe de volta a beleza que a muito estava adormecida dentro de mim. Mas isso é o enredo para uma outra história.



Pauta: In Verbis

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Rascunhos...

Aiiii.. se vcs soubessem quantas postagens estão salvas em rascunho por aqui... Algumas, talvez, estejam interessantes de se ler, outras nem tanto, mas o que não entendo é o porque de eu não conseguir finalizar nenhum de meus textos.

Talvez, seja porque não consigo mais escrever sobre a impessoalidade.
Talvez seja porque minhas emoções estão à flor da pele.
Talvez porque, minha tristeza é infinda, minha solidão é desgastante.. e quanto mais eu pense em superar tudo, e acordar pala manhã sorrindo por ter motivos para isso, mais as coisas acontecem e me entristecem..

Não que eu seja uma pessoa infeliz, longe disto. Tão pouco sou uma pessoa amargurada. Mas, ultimamente, tenho me sentido tão incapaz.. Incapaz de amar e de ser amada; incapaz de tomar as rédeas da minha vida e me sentir segura disto. Pois este mundo é tão complicado...

E se já não bastasse toda esta violência e incerteza em que vivemos, somos obrigados a assistir a cena de pais enterrando seus filhos, somos obrigados a olhar para crianças em um caixão.. que pouco importa se são brancos e com detalhes dourados, pois nada é capaz de amenizar esta dor...

E o pior de tudo, é quando nos sentimos desolados por ver tais cenas, mas assim que as mesmas saem de nosso campo de visão é como se nada tivesse acontecido. Voltamos à nossas vidas ainda mais vazios, e com menos esperança, mas por quê?

Alguém, certa vez me disse, que nesta vida nem tudo seria como um mar de rosas, mas parece que em minha vida só recebo espinhos... estou tão cansada...

Mas de uma coisa eu tenho certeza, de que meu mundo não é aqui. E creio que o Meu DEUS jamais me desampará. E espero n'Ele, por um mundo sem tristezas, choro, nem dor, onde morte não mais haverá e nem a lembrança dessas coisas tristes. Um mundo onde eu terei a plenitude da paz, da harmonia, do amor.

Pois a promessa é certa: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano, aquilo que Deus tem preparado para aqueles que O amam." [2º Coríntio 2:9]


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Pensamentos soltos...

"Queria, realmente, sentir que sou especial pra você. Queria que as coisas fossem diferentes. Quem sabe assim, não sentiria essa dor dentro do meu coração."

"Nem eu sei explicar o quanto sinto a sua falta..."

"Não sei se o que sinto por você é saudade, raiva, ou o quê... Só sei que você assombra meus pensamentos, meus sonhos, minha vida..."

"Quase contei pra você todo o meu tormento. Mas não pude, preferi deixar teu sono tranquilo, na felicidade, momentânea, da ignorância."

"I can't stop think about you! I'm afraid, because I'm in love with you. I need move on and let you go now. You broken my heart. But, I realy gonna miss you...."

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Alone...

Hoje é um daqueles que dias em que eu queria pedir para a Inspiração me visitar.
Mas sei muito bem, que ela não viria, pois eu estou em outra companhia.
Ah, esta Solidão, que me persegue noite e dia,
Não me deixa e não deixa nada aproximar-se de mim, senão ela mesma.
Tão egoísta e ciumenta, me quer inteira só pra ela.
Me cerca por todos os lados, e me põe em sua cela.
E eu, sem forças, me rendo aos seus domínio,
E às vezes, só às vezes, gosto de estar a sós com ela.

sábado, 31 de julho de 2010

Odeio


Odeio te amar tanto assim.
Odeio pensar só em você, e esquecer de mim.
Odeio deixar meu orgulho de lado.
Odeio viver sem ter você ao meu lado.
Odeio seu sorriso bobo que me deixa sem chão.
Odeio o calafrio que sinto, quando toco sua mão.
Odeio aquele seu olhar que me faz corar.
Odeio simplesmente, não conseguir te odiar.
Odeio, odeio, odeio ter você como meu ar.
Odeio se você me faz sorrir, quando o que quero é chorar.
Odeio tudo em você.
Pois tudo em você me faz te amar.

Pauta:
OPEP - Edição In Colors

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Descoberta

Corri quatro quarteirões o mais rápido que pude. Minha respiração estava ofegante quando cheguei em frente aquela casa branca de portas e janelas azuis. Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver aquele jardim, nunca havia reparado como era belo. Parei bem em frente ao portão, queria gritar por seu nome. Não podia deixar você ir embora daquele jeito. Durante todo o tempo que nos conhecíamos nunca havíamos brigado, nem sequer discutido. Você sempre foi como um irmão pra mim. Sempre me ajudando com tudo.
Sempre conversamos sobre tudo, nunca tivemos segredos um com o outro, ou, pelo menos eu achava que não tínhamos. Mas depois da manhã de hoje tudo mudou. É claro que eu estava triste, afinal, meu melhor amigo estava de mudança para o Canadá, e não tinha previsão para voltar, e eu nem conseguiria me imaginar pegando um avião para ir te visitar. Até aí tudo bem... Já estava há algum tempo me preparando psicologicamente para este momento. Mas quando você me disse todas aquelas coisas perdi meu chão. Por que você esperou até o dia de hoje para me dizer como realmente se sentia em relação a mim?
O pior não foi você me dizer que sempre me amou e que vai continuar a me amar, mesmo estando longe. O pior foi você me fazer perceber o quanto eu te amo, quando nem mesmo eu tinha idéia. Por isso fiquei tão surtada, e disse aquelas coisas. Preciso me desculpar com você, preciso dizer o que realmente sinto. O choro cai quente sobre meu rosto, não há mais ninguém na casa, cheguei tarde.
Ouvi um barulho na porta dos fundos, e uma voz. Ah, essa voz eu reconheceria em qualquer lugar, corri pra lá, e meus olhos encontraram o seus. Você estava no telefone, e deixou ele cair ao chão. Olhou pra mim com uma amargura que eu não estava acostumada a ver em sua face, e ríspidamente me perguntou:
_ O que quer aqui?
_ Antes de você partir, preciso te revelar uma coisa muito importante.
_ Acho que já revelamos muitas coisas importantes hoje, não acredito que aja mais alguma coisa a ser dita, Amanda.
_ Não faz assim, eu realmente preciso me explicar, eu sei que não devia ter dito aquelas coisas, mas é que eu fiquei tão atordoada com tudo. Você estava certo, eu só estava escondendo tudo o que eu sentia, e consegui esconder bem até hoje. Mas agora não dá mais. Eu realmente amo você. Me perdoa._ Baixei meu olhos até encontrar o chã._ Espero que você possa encontrar alguém que lhe dê todo o valor que você merece, e todo o amor que eu não fui capaz de dar a você._ Terminei de falar essas palavras, já com a face úmida pelas lágrimas que escorriam sem esforço, e sem controle. Ele nada falou, nenhuma expressão havia em seu rosto. Vire-me de costas e saí correndo, em direção ao Lago Less, onde sempre nos encontrávamos nas tardes depois da aula. Após alguns instantes, senti passos fortes e rápidos atrás de mim, mas nem consegui virar para ver quem era. Até que esses passos chegaram mais perto, e eu ouvi aquela voz dizendo meu nome. Parei. Senti seus braços me envolvendo, e me virando para si. Nos abraçamos num abraço forte, e quente. Não conseguia balbuciar nenhuma só palavra, mas as palavras não eram necessárias ali.
Você segurou meu rosto em suas mãos, e me beijou. Naquele instante, só conseguia sentir o mundo girar ao meu redor. Um calor subiu dentro de mim, e me fez desejar ficar ali com você para sempre. Meu mundo parou naquele instante. Nada mais fazia sentido, nada mais importava, se você não estivesse comigo.



Pauta:
Bloínquês - Edição Conto / História

domingo, 25 de julho de 2010

With or without you

O meu maior erro foi acreditar em meu coração e permitir que ele tomasse as decisões por mim. Quando te conheci, você não passava de apenas mais um rosto na multidão. Não posso dizer que meu coração bateu mais forte, ou que suspirei quando meu olhar cruzou pela primeira vez com o seu. Pois, sei bem, que nada de diferente aconteceu dentro de mim.
No entanto, bastou um único dia, que passei em sua companhia, para mudar tudo o que eu sentia. Achei que não era nada de mais, mas as coisas foram ficando cada vez mais intensas, e houve uma revolução de sentimentos dentro de mim. Você invadiu, completamente, meus pensamentos, meus sonhos, meu coração...
Em pouco mais de um mês, estava perdidamente apaixonada. Como é possível se apaixonar assim, tão rápido??? Parece muito arriscado e perigoso...
Mas meu coração bobo nem se importava. Acreditava em tudo que queria. Pensou que agora tinha achado a razão das coisas, o motivo da felicidade. Coitado. Mal sabia que o pior ainda estava por vir.No auge da minha alegria, você vem e me diz que precisamos conversar. Meu coração quase pára. E então vem a bomba.
_ Vou ficar aqui só mais esta semana. Meu contrato acabou, e eu preciso voltar pra minha cidade. Vou pensar muito em você, vou sentir a sua falta. Queria poder ficar, mas tenho que ir embora. Sinto muito.
Naquela noite nem consegui dormir, o choro foi minha única companhia. A semana passou e passei o maior tempo possível em sua companhia, mas foi em vão, pois pensei que assim, quando você fosse, seria mais fácil suportar sua falta. Me enganei... quanto mais eu tinha você, mais eu queria ter você aqui comigo.
Os meses foram passando, nós mantínhamos contato via e-mail, msn, mensagem, mas nada preenchia o vazio que você deixou. Eu tentei não deixar transparecer, muito, a falta que você me fazia, a saudade que eu sentia, mas de nada adiantou, pois ainda sim, eu continuava vazia, sem motivação. Prometi pra mim mesma, que iria superar isso, iria parar de te mandar mensagens, ia te bloquear em meu msn, só o tempo necessário para eu reaprender a viver sem você. Porém, não consegui, era mais forte do que eu. Você tirou a minha sensatez. Agora eu sei que, eu nunca vou achar ninguém para te substituir. Acho que vou ter de superar isso dessa vez, e de uma vez por todas. Preciso parar de pensar em você, preciso deixar de amar você.
Me decidi: daqui pra frente tudo vai ser diferente... Vou pensar mais em mim, vou sair com minhas amigas e me abrir a novos relacionamentos, sei que isso não vai me fazer esquecer você, mas pelo menos vai me ajudar a tentar, e vai fazer com que eu me sinta viva novamente, pois quando você se foi levou meu coração com você, e com isso minha vida inteira. Mas agora é tempo de deixar o que passou pra trás e juntar o que ainda sobrou de mim e recomeçar de onde eu parei.



Pautas:
Blorkutando
OPEP
Bloínquês - Ed. Musical





sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cotidiano

Sabe aquele dia em que você acorda com a sensação de que devia continuar deitada, no conforto de sua cama e na segurança, absoluta de seu quarto? Então, para mim, hoje foi um desses dias...
Acordei, com esse sentimento estranho, e não era só minha preguiça costumeira, minha inimiga de plantão, mas parecia que as forças do universo, estavam me suplicando que não saísse de minha cama. Desafiando a todos os sinais, levantei. Olhei no relógio: atrasada! Saí correndo.
Chegando no meu trabalho tinha uma dúzia de pilhas de planilhas para analisar, na terceira, já estava com uma enxaqueca lascada. Em algum lugar do escritório, havia um idiota que não se cansava de fazer “tic-tac” com a caneta, outra estava há horas no telefone, falando futilidades, e rindo alto. E sem contar naquele som de telefones tocando, incessantemente. Tudo isso seria muito mais do que o normal, se não fosse o fato, de eu estar de TPM, aquela enxaqueca ter me pegado de jeito, e ainda a mensagem de meu chefe me pedindo para acabar as planilhas até às 16 horas.
Corri contra o tempo, minha irritação, e, é claro, minha cólica infernal e enxaqueca insuportável. Mas no prazo estipulado, eu havia concluído toda aquela pilha de trabalho. Fui até a sala de meu chefe, e após ele conferir tudo, pediu para eu passar no RH. Estranhei. Quando cheguei lá, a Pri, minha melhor amiga, me olhou arregalada e disse que havia um memorando pra mim, nem acreditei.
Ali mesmo, comecei a gritar com ela, como ela pode fazer aquilo comigo. Eu estava sendo dispensada, ela nem pra me alertar e me avisar. E o que mais me irritava era ela se desculpando: “Eu sinto muito, não podia fazer nada. Me desculpe.”. Aquelas palavras pra mim, não faziam nenhum sentido, não tinham nenhum valor. Saí dali, arrumei minhas coisas. A esta altura, todo mundo já supunha o que tinha acontecido, eu estava chorando, sem saber se era de raiva, de dor, de ódio, de tristeza, não importava. Nem esperei dar 18 horas e saí.
Eu acho que as pessoas mereciam uma certa dignidade quando são demitidas. E não um simples memorando, agradecendo serviços prestados, e dizendo que fora uma excelente profissional, e que o motivo era de corte de despesas. E blá, blá, blá, blá,blá, blá...
Para completar o dia, mais que perfeito, a chuva que caía, aquela garoa bem paulistana, acabou com a escova de meu cabelo, levei um esguicho de água de um ônibus que acabará de passar, e o celular de meu namorado, aquele que deveria me dar um certo apoio neste momento, só caia na caixa.
Cheguei em casa acabada, encharcada, irritada, menstruada, desempregada e pior, descabelada. Quando entrei pela sala, toda minha família e alguns amigos estavam reunidos. Será que era uma festa? Para celebrar o meu fracasso? Sim, era uma festa. E, pelo pouco que compreendi, minha irmã caçula recebeu uma bolsa de estudos em Cabridge de 2 anos e seu namorado acabara de lhe pedir a mão. Não, meu dia não poderia terminar melhor.
Com o maior sorriso amarelo cumprimentei a todos, subi as escadas a passos duplos, entrei em meu quarto, e me debulhei em lágrimas. Por que, pra mim tudo dá errado? Como posso ser uma fracassada? Após alguns instantes, meu pai entrou em meu quarto e me perguntou o que havia acontecido. Resumidamente, contei-lhe sobre meu dia e como eu me sentia uma fracassada.
Eu estava muito irritada, me sentindo muito mal, e queria descontar toda minha frustração em alguém. E já fui logo dizendo.
_ Eu sei que você vai me dizer: “Eu avisei, você não quis me escutar...”
Mas meu pai, sabiamente, abraçou-me com seu abraço mais singelo. Colocou-me em seu colo, como fazia quando eu era criança e me disse:
_ Eu odeio te ver chorar, portanto, acabe com suas lágrimas e escute, minha filha querida. Você sabe que amo vocês duas muito. Mas que sempre tive por ti um carinho especial. Você não é como sua irmã ou sua mãe, sempre foi mais teimosa, assim como eu, mas tem um caminho brilhante para traçar. Não se fruste, por não ter o trabalho dos sonhos, ou qualquer coisa que todos tenham, você foi feita para ter mais, para ser melhor, pelo simples fato de que você é única, especial e corajosa, muito corajosa. Nunca deixe que os desafios da vida desanimem você, e façam você parar de sonhar e lutar por seus sonhos.
Ele falou muitas outras coisas, mas nestas simples palavras, percebi, que todos tem dias ruis, alguns não são tão péssimos assim como o meu, mas que eu deveria ver naquilo uma oportunidade de seguir meu sonho.
Então, meu pai saiu, tomei um super banho, comemorei com minha família, meu namorado e amigos, e ao me deitar, deixei minha mente livre para que eu pudesse sonhar novos sonhos, traçar novas metas, e encontrar meu novo eu. Afinal, que mulher não precisa de um drama em sua vida, de vez em quando, para redescobri a alegria de viver?

Pauta:
Bloínquês – Edição Musical
OPEP