terça-feira, 1 de novembro de 2011

Saudade

Como explicar, como entender?
Tenho saudade daqueles que se foram, e que só poderei ver suas faces e ouvir novamente suas vozes quando Jesus voltar.
Tenho saudade daqueles que marcaram minha vida de algum modo, tanto os que conviveram comigo por muito tempo, e hoje estão distantes; quanto daqueles que, mesmo por um breve instante, se tornaram importantes para mim, seja por uma palavra proferida, um gesto, ou um simples sorriso direcionado, naquele momento em que isso era tudo que eu mais precisava.
Tenho saudade dos meus amigos, mesmo estes que estão por perto, mas que se ausentam por instantes de minha vida. Enfim, tenho saudades....
Tenho saudade de quando não entendia nem o que era saudade.
Saudade da infância, saudade do cheiro da terra, e de brincar com bolinhas de sabão.
Saudade do colo do meu vô, da amexeira da casa da minha avó.
De brincar pela cerca, e comer amora do quintal da vizinha. Saudade do tempo em que minha maior preocupação era se eu tinha feito o dever de casa, ou quantos 10,0 eu teria no meu boletim.
Saudade até de brigar com meus irmãos, pelo controle do video-game, ou controle da televisão.
Saudade dos desenhos que assistia, e do que na minha imaginação eu queria ser.
É, as coisas na vida da gente passam depressa, e é muito bom ter saudade, pois tenho saudade de uma parte da minha vida que foi vivida intensamente, como se não existisse o amanhã. Vivia cantando, sorrindo, chorando, amando, na inocência de uma criança, na ingenuidade de uma menina, mas sem me arrepender de nada do que fiz, dos tombos que levei, das conquistas que alcancei.
Mas mesmo tendo saudade, essa saudade boa, não gostaria de voltar naquele tempo pra viver...
Pois, se eu conseguir viver o hoje, com a sabedoria e intensidade de outrora, tenho certeza que os dias não serão perdidos, que as horas não serão esquecidas, e que mesmo em lutas e vitórias, quando eu estiver velhinha, lembrarei destes dias, muito bem vividos, com a mesma saudade que hoje me lembro destas outras coisas. Pois foi errando e acertando que me tornei no que sou agora!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ele & Ela

Todos nós já sofremos por algo. Seja por uma perda, por um amor não correspondido, ou, até mesmo, por um amor correspondido. E é sobre esse amor, desencontrado, incompreendido, escondido, que vou lhe falar.

Eles cresceram juntos, estudaram juntos, estavam sempre juntos. Ele cuidava dela, como se cuida de uma irmã, sempre muito protetor. Ela apoiava ele em todos os momentos. Eles pareciam grudados. Mas isso não quer dizer que entre eles eram sempre flores e amores. Eles brigavam todos os dias, a todo momento, mas tudo se resolvia logo, questão de minutos. É eles se amavam, mas não percebiam.

Até que um dia, o destino os separou. Ele recebeu uma bolsa para estudar fora do país, e dois corações foram despedaçados. No começo, se falavam por skype, ele mandava cartões-postais, presentes, e o coração dela se sentia aquecido, mesmo em meio a distância. Ele não via a hora de chegar as férias para que pudesse "visitar os amigos", como ele dizia, tentando negar para si mesmo, que na verdade, queria sanar a falta que ela lhe causava.

Ele procurava por ela em todos os rostos das garotas com as quais ficava. Ela buscava por ele em todos os outros que ela encontrava. Mas nada os satisfazia. Então, ela mandou uma carta, declarando tudo o que sentia. Aguardou por muito tempo uma resposta, que nunca chegou. Tal carta nunca encontrou o seu destinatário, por alguma obra do infeliz acaso.

Mas num dia de sol em Londres, um dia daqueles completamente atípicos, ele recebeu uma carta dela, e seu coração disparou em alegria. No entanto, quando terminou de ler, jogou o convite de casamento dela num canto, amassou o papel e seus olhos se encheram de lágrimas, após ler aquelas palavras:

Aguardei sua resposta por muito tempo, e como não a recebi, encontrei alguém para dar o amor que guardei para você. Te amarei pra sempre, meu melhor amigo e meu amor!






Pauta:

Bloínquês: 85ª Edição Conto/História

Projeto Créativité: 23ª Edição Começo e Fim

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sinta!
Só sinta o meu coração,
batendo em meu peito.
Segure bem firme a minha mão
e sinta toda a emoção,
que eu sinto quando te vejo.

Na verdade, não sei como você ainda não percebeu,
como eu fico quando estou perto de você.
Está tão claro, tão óbvio que se alguém (você)
me perguntasse, eu não teria como negar.


(08/08/09)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Achei que estava passando por uma fase meio romântica, mas descobri que quando não me sinto assim (romântica ao extremo), é que estou passando por uma fase qualquer. (kd)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Nossa, que semestre esse hein...


Não tive tempo pra nada.. [quase nada..rsrs]


Hoje acordei e lembrei...


"OMG! eu ainda tenho um blog???"

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Promessa

Promessas, palavras vãs

Quem acredita espera

Conter verdade nelas

Mas no entanto

Não é de muito espanto

Quando mentiras contadas

Na real são encontradas


Ah, coração meu

Espera o amor teu

Encontra o vazio do eu

E vê que não tem é nada.

Prometeu o mundo

Fez eu querer tudo

Mas quando saiu do muro

Os sons ficaram mudos

E eu pude compreender.


Palavras vãs e vazias

Era tudo o que eu tinha

Em que pude me prender

E mesmo em covardia

Enquanto a chuva caia

A minha companhia

Não era mais você.

Era a lágrima que escorria

E tudo o que eu sentia

Era a dor que eu mais temia

A dor da alma partida

Pelo amor que não é mais meu!


[35ª Edição Poemas – Bloínquês]

domingo, 3 de abril de 2011

Amor anacrônico


Pensei que tinha deixado tudo isso para trás.

Achei que havia enterrado bem, todo este sentimento

Mas porque isso voltou para me assombrar?

Tenho sentido você muito perto, muito presente.


Talvez seja porque está em meus sonhos,

Meus pensamentos,

E será que ainda está em meu coração?


Faz mais de três anos que não nos vemos,

Ás vezes, ouço falar de ti, por alguns amigos que ainda temos incomum

Mas nada disto que esta acontecendo comigo faz sentido

No entanto, de alguma forma, você parece estar preso dentro de mim


Você me magoou demais, eu sei

Posso ter te magoado também.

Mas achei que já tinha te perdoado

Achei que não estava mais ligada a você


O que devo fazer?

O tempo passou.

Outros amores vieram e foram

Mas sempre que estou sozinha


É em você que penso

É com você que sonho

É você, que mesmo eu não querendo, eu desejo.

Será que ainda há tempo de você vai voltar pra mim?


Pauta: Bloínquês 33ª Edição de Poemas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Loucura

Vivemos num mundo de aparências.

Todos tentamos encontrar a perfeição.

Tudo é em torno da conveniência.

Só importa o eu, e o outro não.


Mas será que somos tão normais quanto pensamos?

Ou de nossas loucuras esquecemos?

E os sorrisos que não queremos, damos?

E desta forma, as vergonhas escondemos?


Será que os normais são os que chamamos loucos?

Ou somos todos loucos, que pensamos ser normais?

Será que a loucura está me consumindo aos poucos?

Será que, que será, será?


Louco é quem vive sonhando com a vida?

Buscando na arte, a expressão de si?

Deixando uma marca pra não ser esquecida?

Se isso é ser louco, serei louco sim!



Pauta:
23ª Edição Poemas - Bloínquês

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Nem tudo que se lê, é o que está escrito...


Vitinho,

Não sei como andam as coisas por aí, realmente espero que bem. Acho que a esta altura, você já sabe que vim pra Sampa morar com meus pais, e que daqui a algumas semanas, embarcamos pra Connecticut. Estou muito ansiosa, imagine, eu morando nos EUA.. rsrs. Parece que vou conseguir até estudar por lá (espero que meu inglês não esteja muito enferrujado..rsrs), imagine se eu conseguir entrar pra Yale... que sonho né...
Bem, me desculpe, queria ter lhe procurado antes de vir pra cá, mas as coisas aconteceram tão rápido que nem deu tempo. Quando vi, já estava aqui...
Aiii... vou sentir tanto sua falta, digo, a falta de todos vocês, principalmente, de você e da Rafa, afinal, vocês são meus melhores amigos... meus BFF's.. rs! A propósito, manda um super beijo pra ela, tentei ligar no celular dela, mas ela não me atendeu.
Vic, assim que nos acomodarmos lá, te mando meu endereço. Por falar nisso, na pressa não trouxe meu notebook, por isso estou alienada. Mas meu pai me prometeu que vai comprar outro lá, já que embarcamos em duas semanas, espero que possamos estar sempre conectados ao mesmo tempo, pra não perdermos o contato [sei que vai ser difícil por causa do fuso horário, mas vamos combinar uns horários e fazer um esforcinho].
Espero de coração que tudo esteja muito bem por aí, e que nossa amizade nunca acabe.. pois o que sinto por você, tenho a certeza de que é eterno.

Te adoro muito, e vou sentir muitíssimo a sua falta!

Um super beijo da sua amiga maluquinha,

Bella.


Pauta: Projeto Creativité - 5ª Edição Decodificando Cartas

"Encontre a mensagem secreta, e entenda o que realmente a Isabella queria dizer para seu amigo Victor."

Formatura [Parte 5 - Isabella]


Depois do que havia acontecido, naquela noite, entre mim e o Victor, não havia outra solução, a não ser esta. Após chegar em casa, daquele desastroso baile de formatura, totalmente descabelada, descalça, com a maquiagem toda borrada, só conseguia pensar em uma coisa. Arrumei as malas. Tomei um belo e demorado banho, me despedi de meus avós, e fui para o aeroporto.
Encontrei com meus pais em são Paulo, mas meus pensamentos ainda estavam em Curitiba, mais precisamente no meu amigo [e NAMORADO da minha melhor amiga].
Meus pais haviam mudado pra São Paulo, provisóriamente, a cerca de 8 meses. eu digo "provisóriamente", porque meu pai trabalha numa multinacional, e recebeu uma proposta de administrar uma das filiais da empresa no exterior, e para tanto, precisava se "inteirar" das práticas da empresa, na matriz em São Paulo.
No entanto, eu continuei morando em Curitiba com meus avós, pois não era justo que eu mudasse de colégio justamente no meu último ano. Na verdade, eu não queria mudar de lá nunca, por isso, nas últimas semanas, consegui convencer meus pais a me deixarem morar com meus avós até eu concluir a faculdade, perto de meus amigos, e do mundo que eu realmente conhecia. Mas agora, tudo era diferente. Tudo havia mudado. Eu já não tinha mais certeza de que conseguiria lidar com a situação. Eu estava (a muito tempo) apaixonada pelo meu melhor amigo, que havia se tornado namorado da minha amiga, o que já havia deixado as coisas bem complicadas (entre nós três), se não fosse o bastante, tudo piorou com as coisas que aconteceram em nossa formatura.
Por isso eu precisava ficar o mais longe possível de todos aqueles sentimentos, que fervilhavam, e que eu pensei que estivessem acomodados, mas na verdade estavam descontrolados, dentro de mim.


Pauta: Projeto Creativité - 5ª Edição C&F

Formatura [Parte 4 - Victor]



Faz quase três semanas desde que vi Rafaela pela última vez. Confesso que não estou nem um pouco ansioso para vê-la, pois é sempre constrangedor encontrar com uma namorada que agora virou minha ex-namorada. Não sei se ela conseguiu me perdoar por terminar com ela no dia do baile da nossa formatura. Mas a verdade é que eu não podia enganá-la mais, e nem enganar a mim mesmo, tentando de me convencer de que as coisas entre nós dois estavam bem.
Fazia algum tempo, que eu não sei precisar bem, mas que as coisas haviam mudado. Eu gostava da Rafaela, pois sempre fomos amigos e tal, mas eu não conseguia tirar da cabeça minha melhor amiga, a Isabella, minha Belinha. Seu sorriso, seu olhar, seu jeitinho, tudo me cativava, me prendia e fazia com que nada mais tivesse importância. Mas o pior de tudo é que só fui entender e perceber meus sentimentos por ela, depois que dançamos no baile de formatura. Foi algo surreal. mágico, inesquecível.
Infelizmente, esta também foi a última vez que eu a vi, pois logo depois de dançarmos e da Rafaela ter tido um piti por ciúmes, Bela simplesmente deixou o baile, e eu não consegui falar com ela desde então.
Mas não faz mal, hoje volto pra casa após três semanas de férias na praia com a família. E a primeira coisa que vou fazer ao chegar em Curitiba, é procurar pela minha Belinha, pra saber como ela se sente, depois de tudo que aconteceu. Tenho quase certeza de que ela se sente exatamente como eu. Não vejo a hora de tê-la, novamente, em meus braços.
A viagem de volta parece estar demorando mais de que costume, mas é certo que as coisas são assim quando estamos ansiosos. Assim que meu pai deixou o carro na garagem, pulei do carro, levei minhas coisas pro meu quarto, liguei meu pc, e coloquei pra reproduzir a playlist preferida da Bela. Ouvindo aquelas músicas, comecei a cantar no chuveiro, pois não conseguia conter minha alegria em saber, que dali a poucos minutos estaria com a minha Belinha...

♫♪♫ "I don't want another pretty face
I don't want just anyone to hold
I don't want my love to go to waste
I want you and your beautiful soul
You're the one I wanna chase
You're the one I wanna hold
I won't let another minute go to waste
I want you and your beautiful soul" ♫♪♫

Foi somente quando eu estava quase terminando de me arrumar, que minha mãe bateu na porta do meu quarto, e disse que tinha uma carta pra mim, uma carta da Isabella. Ao mesmo tempo que fiquei feliz ao ouvir o nome dela, gelei, afinal de contas, eramos vizinhos, por que ela me escreveria uma carta? Foi então que meu coração quase parou de bater, eu cai, sentado em minha cama, ao ver que o selo era de outro estado. Será que a minha Belinha tinha ido embora?


Pauta: Projeto Creativité - 5ª Edição Musical

Eu não queria...

[Trilha Sonora]

Eu não queria acreditar em contos de fadas.

Eu não queria ser uma pessoa romântica ao extremo.

Eu não queria ser tão leal.

Eu não queria ser tão sensível, ao ponto de chorar ao ver um filme ou ouvir uma música.

Eu queria pensar que todos agiriam comigo, da mesma forma que eu, tentando magoar nunca magoar os outros.

Eu não queria ser tão ingênua, ao ponto de acreditar sempre no melhor que há nas pessoas.

Pois talvez, se eu não fosse nada disto, certamente, não teria me magoado tanto, certamente, você, não teria me magoado tanto, certamente eu não teria chorado tanto.

Mas, por outro lado, se eu não fosse assim, exatamente assim, cheia desses pequenos “defeitos”, eu não seria EU!