domingo, 13 de maio de 2012

Reverie


Ás vezes, quando me sinto só, ou meio down, as únicas coisas que me fazem sentir um pouco melhor, é ouvir uma bela (e melodramática) canção, me apossar de papel e caneta, e deixar minhas ideias serem escritas, deixar meus pensamentos soltos. Neste momento, a música no repeat é Beautiful da Christina Aguilera (sugestão das minhas cunhadas.. rs!?)
Meu coração anda meio inconformado, meio inquieto, meio indeciso, meio incoeso. Meus sentimentos, embora intensos, tem estado confusos. Hora eu quero, hora não quero, por momentos amo, e noutros odeio. Quanto mais eu tento me aproximar de você, mais eu me afasto; e quando, por vontade própria, tento me afastar, mais me achego pra perto de ti. E o pior de tudo, é que às vezes, tenho a ligeira impressão de que com você acontece a mesma coisa. Parece que até quando o que nos atinge são os sentimentos mais improváveis, mais desconexos, ainda assim, estamos em sintonia. E o mais incrível, é como reagimos a tudo isso, parece que respondemos da mesma forma, através da negação. Negamos o que sentimos, a nós mesmos, o tempo todo, e fugimos nas situações mais embaraçosas. Mas não importa o quanto tentamos esconder isso, logo, estamos juntos novamente.
Seria tão mais simples se eu, ou você, falássemos sobre como nos sentimos, ou o que, de fato, sentimos um pelo outro. Mas nem tudo é tão claro e simples assim. Acho que o medo e a insegurança são nossas maiores companhias. E o pior de tudo, é esse “prazer”que sentimos em deixar tudo como está. Em contrapartida, existe aquela dor. Aquela, que remói e remói, por conta da dúvida que existe em nós. Eu sei que você gosta de mim, de alguma forma. O que não sei é a intensidade desse gostar. Como uma amiga? Como uma irmã? Como algo a mais?
Nessas e em outras questões, a única certeza que tenho, é como EU me sinto, em relação a você: Me sinto presa, frágil, dependente. Sinto como se a minha felicidade estivesse, diretamente, condicionada a sua. Como se eu fosse incapaz de tomar alguma decisão que pudesse magoá-lo. Como se eu quisesse protegê-lo da maldade dos outros, e de sua própria bondade para com os outros. Sinto como se a sua dor, fosse a minha dor; e como se a minha própria dor não importasse mais. Como definir tudo isso em uma palavra? Ou em um sentimento? Se tudo isso, sou EU. Onde “meu eu” não existe, senão em sua função. Devo parecer insana ao proferir essas palavras. Contudo, pouco importa. Pois, para mim o que importa mesmo, é que peço a Deus, em todos os momentos, para cuidar de você. Peço para que Ele permita que você seja feliz, e que seu sofrimento seja diminuído. Pois mesmo que eu não tenha você em meus braços; você sempre estará em meus pensamentos, em meus sonhos e em minhas orações.

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