domingo, 28 de novembro de 2010

Sem clima para o amor


Sábado a noite, ou domingo pela manhã, como queira, são 1:27h, e eu aqui acordada pensando em você, é claro. Tudo aconteceu tão depressa. Bem, está certo que já fazia 3 anos que eu não me envolvia com ninguém, não me apaixonava por ninguém, e não foi por falta de tentar, tentei gostar de todos os carinhas com os quais eu fiquei, quer dizer, todos não, mas de alguns que eu achava que valiam a pena, mas não me apaixonei, nem mesmo sentia que era necessário desfrutar da cia deles, só o fazia por pressão de minhas amigas, que viviam me dizendo que eu tinha que seguir em frente e coisa e tal. Mas eu havia seguido, só não precisava de nenhum deles me acompanhando.

Bem, quando conheci você, também não foi “amor à primeira vista”, muito pelo contrário, quando vi sua face pela primeira vez, até lhe cumprimentei, por educação, mas você tinha uma expressão fria, e quase assustadora, sempre de testa franzida e cenho fechado. Não achei nem que pudéssemos, ou que viéssemos, ser amigos. Geralmente não me enturmo com os mal-humorados, gosto de pessoas alegres, e que mostrem esta alegria, mas de qualquer forma senti algo, como um choque, ou uma faísca, que me prendeu a você. Mas é claro, ignorei isto. Enfim, em algum ponto de toda esta história, eu me envolvi, demais, me apaixonei, completamente, e sofri, intensamente, após a sua partida. Mas isso já era de se esperar, levando em conta toda a minha vida amorosa. Acho que não nasci pra ser feliz, e sim para sofrer, por isso, percebi que o melhor a fazer é, simplesmente, não amar.

Sabe, outro dia eu estava conversando com uma amiga minha e ela estava me perguntando por que eu tinha estas duas compulsões: ler e escrever. Ela queria saber por que, de quando em quando, eu leio livros com uma rapidez tremenda, tipo um por dia, sete por semana, e assim por diante, e quando não estou lendo, no meu tempo vago, estou escrevendo alguma coisa, mas não de forma normal, e sim, totalmente compulsiva e descontrolada (fico sem comer, beber água, entrar na net, alheia a tudo e a todos), e eu, meio sem saber o que responder, enrolei com uma desculpa qualquer, pois sou muito boa nisto, e ela se convenceu. No entanto, esta semana, mais precisamente na quarta-feira passada, eu comecei (e terminei) um livro que já fazia alguns meses que eu tinha comprado. Seu título: “Sem clima para o amor” de Rachel Gibson, bom, o título era bem convidativo, dado a minha atual situação, e o enredo, muito interessante. No entanto, quando eu estava lendo descobri o porquê destas minhas compulsões.

O livro conta a história de Clare, uma garota que encontra seu noivo com outra, ou melhor, outro, e entra em choque. Logo mais ela reencontra um amigo de infância, totalmente lindo e sedutor, e tenta com todas as suas forças lutar contra um sentimento que começava a aparecer. Ela é uma escritora de romances e, logo após, terminar uma parte de um novo livro que estava escrevendo que falava sobre amor, ela faz uma autorreflexão sobre si. E no livro tem algo mais ou menos assim: “Como posso escrever tantas coisas sobre a beleza do amor se minha vida amorosa é um lixo, passo horas escrevendo para não encarar minha própria realidade.” [não é isso que está escrito lá, estou sem o livro para transcrever exatamente, mas em suma quer dizer algo semelhante], quando eu li esta parte, parecia eu mesma havia escrito aquilo, pois é exatamente assim que me sinto, quando leio ou escrevo sobre algo. Quero fugir da minha realidade, uma onde você não está aqui comigo, uma realidade solitária, onde ainda é madrugada e eu estou aqui ouvindo uma seleção de músicas da Leona Lewis [deprimente], às 2:07 da manhã, tentando parar de pensar em você, de querer você, com medo de ir dormir, e ao fechar meus olhos você invada meus sonhos me perturbando ainda mais. Mas sei que esta é minha realidade, por isso acho que vou ler outro livro amanhã, para pensar menos em você e tentar superar isto tudo logo. Ah.. se alguém que estiver lendo isto, tiver indicações de bons livros, é só me avisar, porque, vou realmente precisar.



Pauta: In Verbis 19ª Edição

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Alguém que te faz sorrir..



"Não consigo mais imaginar meus sonhos sem você.
Não sei mais pensar em outro alguém, que não você.
Não sei mais como viver sem ter você ao meu lado...
Preciso que você seja este alguém na minha vida.......
Alguém que me faz sorrir......"

Carpe Diem


Enquanto assistia o pôr-do-sol na praia, lembrei de todas as coisas que prometíamos um ao outro. Lembrei-me de todas as mentiras que você me contava, e de como eu era tola, acreditando cegamente em você. Você me enganou por vários anos, mas agora, meus olhos estavam abertos as verdades que estavam diante de mim. É certo que eu precisava mudar, para poder seguir em frente, mas a pergunta mais importante era: “Como???”.

Andei lentamente até a beira-mar e deixei meus pés molharem naquela água gelada e espumante, queria que ela levasse embora todo o meu sofrimento e lamento. E percebi, que após algum tempo, já me sentia renovada. Dei um mergulho no mar e deixei as minhas inquietações por lá.

Quando voltei pra casa, recebi uma mensagem em meu celular, que continha apenas duas palavras: “Carpe Diem!”. Era de um número estranho, retornei a ligação e ninguém atendeu. Devia ser engano, mas será que era só uma mera coincidência do acaso, ou era uma dica do universo me dizendo como ir em frente. Não acredito no acaso, logo decidi que era isso que eu iria fazer daqui pra frente. Carpe Diem! Eu iria aproveitar a vida ao máximo, sem me preocupar com o futuro e deixar o passado pra trás.

Liguei pra minhas amigas, coloquei minha melhor roupa, fiz a melhor maquiagem que pude e sai pra dançar e aproveitar a noite. Fui em busca de novas experiências, que me fizessem esquecer você, queria conhecer pessoas que não conheciam você, queria viver a minha vida longe de você e nada vai me fazer mudar de ideia, estou certa disso.

Entrei no carro e por mais uma coincidência, estava tocando uma música que falava assim:


“Fuga de amor desilución

Carpe diem hoy soy resurrección

La noche es anestecia oh oh

Envuélveme de amnesia oh oh

Mi mente da mil vueltas oh oh

Me tengo que olvidar de ti hoy

La noche es mi anestecia”


Mais uma vez lembrei que não acredito em coincidências, e deixei que uma nova mulher, aquela que havia despertado em mim, curtisse a noite, e pensasse apenas nela.



Pauta:

In Verbis – 18ª Edição

Edição Conto/História - Bloínquês



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Metamorfose

Pauta:
Edição Fotográfica - Bloínquês

Traição


Dor, que dói, remói

Dentro do peito e destrói

Todo o sentimento nele que há.


Como pode me enganar deste jeito

Dizendo que me amava

E no entanto só me enganava?


O que foi que eu te fiz ou o que não fiz

Pra você, simplesmente, com outra, me trair?

E desse jeito tão vil, tão cruel, me magoar?


Pensou que eu não descobriria esta sua traição?

Pensou que eu aceitaria você nesta condição?

Pensou que simplesmente bastava, a mim pedir perdão?

Não, não adianta, já quebrou meu coração...


E agora, o que eu queria, era parar de chorar

Queria xingar, gritar, queria poder te odiar

Mas, no fundo o que eu queria mesmo,

Era deixar de te amar...



Pauta:

13ª Edição Poemas - Bloínquês

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu & Você...












A saudade me invade toda vez que me lembro de como costumávamos ser quando ainda estávamos juntos. Você sempre ria das minhas piadas, fazia manha quando queria atenção, chorava sem motivos, mas eu nunca pude, realmente, perceber o quanto você era importante para mim. Quando você me disse que iria embora, eu pensei que seria fácil superar, e viver aqui sem ter a sua presença. Afinal, os meus outros amigos estariam aqui comigo. E no começo, confesso, que quase nem senti a sua falta. Saía com a galera nos finais de semana, tentando suprir aquele sentimento estranho que tentava tomar conta de mim. Demorou para eu realmente perceber o por quê de eu me sentir daquela forma.

Quase não entendia porque eu ficava tão feliz e empolgado quando via você on-line no msn, e muito menos porque eu ficava frustado se você não me chamava para conversar. Depois de um tempo, comecei a ficar imaginando o que você andava fazendo, se já tinha feito amigos novos, e se pensava em mim, como eu pensava em você, pois em algum momento, que não sei precisar bem, você tomou conta dos meus pensamentos.

Sempre que podia, perguntava sobre você para suas amigas, e ficava feliz com as boas notícias, e mais ainda quando elas diziam que você perguntava de mim também. Imagine só, como me senti quando descobri que você viria passar as férias aqui, na casa de sua avó. Quase nem acreditei, fiquei esperando, ansioso para que aquele dia chegasse logo.

Ah, se eu soubesse o que estava por vir... Quando você chegou, fui até a casa de sua avó para vê-la, e quem era aquele que estava com você. Como??? Você tinha um namorado e ninguém me avisou. Tudo o que eu havia imaginado naqueles dias que precediam a sua chegada havia desmoronado em minha frente. É claro, por isso que você estava tão entusiasmada para me encontrar, seria essa a novidade que queria me contar. Cheguei em casa arrasado e me tranquei no quarto, pedi para, que se caso alguém procura-se por mim, era para dizer que eu não estava. Não conseguia pensar em outra coisa, senão em você, e em como perdi a oportunidade de dizer como me sentia, dizer o quanto eu te amava. Evitei te encontrar ao máximo. E aquelas foram as duas semanas mais longas e mais difíceis da minha vida. Todos andam falando por aí que eu mudei, mas ninguém imagina o porquê. Meus amigos até tentam me fazer falar sobre o que anda acontecendo comigo, mas às vezes não tocar no assunto é a melhor coisa a se fazer, e assim sigo vivendo minha vida, buscando encontrar você no rosto de cada garota com que eu fico, esperando chegar em casa e ter notícias suas, esperando você voltar pra mim...


Pautas:

In verbis - 17ª Edição

Bloínquês - 40ª Edição Conto/História