Quem acredita espera
Conter verdade nelas
Mas no entanto
Não é de muito espanto
Quando mentiras contadas
Na real são encontradas
Ah, coração meu
Espera o amor teu
Encontra o vazio do eu
E vê que não tem é nada.
Prometeu o mundo
Fez eu querer tudo
Mas quando saiu do muro
Os sons ficaram mudos
E eu pude compreender.
Palavras vãs e vazias
Era tudo o que eu tinha
Em que pude me prender
E mesmo em covardia
Enquanto a chuva caia
A minha companhia
Não era mais você.
Era a lágrima que escorria
E tudo o que eu sentia
Era a dor que eu mais temia
A dor da alma partida
Pelo amor que não é mais meu!
[35ª Edição Poemas – Bloínquês]